quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Aterrisando

divino encontro, este olhar que acende a alma, que ascende à alma,
essa janela que me faz ver os horizontes azuis da alegria

A vibraçao mais doce, a voz aveludada, a pele que me escorrega e faz-me respirar o meu próprio encontro; é pra-além do olhar que sorri.
("Só falta o coraçao", dizia a alma sorridente em resgate. O corpo pesado queria deitar, às vezes é preciso lutar e às vezes é preciso ter alma pra poder entregar.Se) A espera que se transforma em saudade, em saúde, em vontade... de longe, mais longe, aprende a encontrar esse corpo, esse próprio corpo, corpo próprio, e transformar também as inseguranças em dançAS.Encurtar caminhos, presentear-se nesse instante que aguarda o amanhecer-se
dentro de mim contempla-se o alvorecer. morando - e o dentro e o fora se misturam. - e o anoitecer se faz delicioso, ao gosto leve de todo esse corpo. num canto, num cantin, as vezes quer gritar poesia, gerar os giros.
mas num canto... aaah, se os silêncios nao gritassem tanto, todos os tons num só orar estariam calados pra fazer-se ouvir também esse contemplar
que é suaaave aterrisar.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

1 de agosto de 2010

já percebeu as árvores?
os humanos ainda não chegaram na lua... não percebemos a destruição que fizeram nela.
já percebeu você? (não tem nada demais?) então o humano ainda não chegou em você e a destruição ainda não é sentida
pelos olhos do outro é mais fácil. já percebeu ele, o outro? como está feio e degradado... já não tem mais jeito, e acreditar que ele pode mudar é utopia.
quantos coqueiros... foi sempre assim? nenhuma árvore com cipó. nenhum cipó nas árvores...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

À ALEGRIA REVOLUCIONÁRIA!

A alegria que só segue o seu ser e só é alegria porque você É e procura sempre ser."Todos poderiam ter essa alegria mas estão ocupadas demais em ser cordeiros de deuses", em seguir sempre o que vem de fora, em se esquecer da procura da sua casa (que está dentro). A alegria revolucionária transforma os deuses. Quando ela é manifestada os deuses começam a seguir seu próprio caminho à procura de suas casas e deixam de existir, deixam de ser algo para sê-los por eles mesmos - e não mais para outro.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

f. pessoa:
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?




me:
ando sob o chão procurando pensar grandes propósitos.
aqui não piso em grama...
saio na janela, da minha janela não vejo a rua
vejo outras janelas de outras casas. e... gente? fazendo as mesmas coisas.

o que faço eu? penso fazer grandes propósitos sabendo o que sou.
mas o que serei eu? nem sei o que sou. ser o que sou? mas sou tanta coisa!
à esquerda não vejo o sol, à direita, da janela vejo a lua
as nuvens andam rosa; as luzes, arco-iris; e as pessoas verdeamareladas